Conferência de Imprensa sobre a decisão do Governo pela construção da ponte rodo-ferroviária entre Barreiro e Chelas
A solução rodo-ferroviária Barreiro-Chelas tinha sido há muito apontada, a partir da década 80, através do Plano Integrado do Desenvolvimento da Península de Setúbal, e mais recentemente no PEDEPES – Plano Estratégico de Desenvolvimento da Península de Setúbal e no Estudo Conceptual de Acessibilidades e Transportes para a Península de Setúbal, como a solução que melhor serve os interesses da Região.
Esta opção foi sempre considerada como a solução fundamental para o desenvolvimento económico e social, garantindo a coesão da Área Metropolitana de Lisboa e construindo a “cidade de duas margens” tal como o PROT-AML (Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa) preconiza.
A estratégia de desenvolvimento regional, defendida pelos Municípios e construída com todos os agentes da Região - o PEDEPES foi aprovado por 239 entidades públicas e privadas - contempla outros projectos estruturantes que assenta na concretização do trabalho já realizado e nas perspectivas de futuro consensualizadas entre os agentes da Península de Setúbal:
- A estruturação do sistema de transportes;
- As ligações inter concelhias no triangulo Palmela-Setubal-Praias do Sado e no eixo Montijo-Pinhal Novo – Setúbal;
- A conclusão do IC32/CRIPS - Circular Regional da Península de Setúbal, com a construção do troço entre o Funchalinho, Almada e Coina, fechando o anel até à Ponte Vasco da Gama;
- O prolongamento da ER10 a partir de Corroios com ligação à Moita (ER11-2) integrando a ponte rodoviária entre Seixal e Barreiro. Com esta ponte toda a Região vai ficar mais perto do centro da Área Metropolitana de Lisboa, incluindo o Arco Ribeirinho e o Concelho do Seixal;
- A ligação ao Porto de Setúbal;
- As acessibilidades à Plataforma Logística do Poceirão;
- O estudo das potencialidades das travessias fluviais do Tejo;
- Prolongamento do Metro Sul do Tejo – Almada, Seixal, Barreiro, Moita e eventualmente Montijo, Alcochete.
A construção da terceira travessia sobre o Tejo entre Barreiro e Chelas, a localização do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete e a Plataforma Logística do Poceirão exigem uma necessária articulação dos diferentes níveis de intervenção, através de um “Plano Integrado de Desenvolvimento” com o correspondente Programa de Execução, proposta que será apresentada pela Região ao Governo.
A participação da Administração Central, dos Municípios, dos Agentes Económicos, Sociais e Culturais da Região, irá assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento regional.
Uma Cidade/Região polinucleada em que o Tejo seja o elemento unificador requalificando a Península e o Distrito de Setúbal, promovendo a qualidade de vida das populações, exige uma visão integrada do conjunto das acções que irão ser implementadas.