Arrábida Analisa Candidatura a Reserva da Biosfera e Principais Desafios para Futuro

A Comissão Técnica da Arrábida reuniu, no passado dia 14 de Outubro, com a participação da Dra. Elizabeth Silva, responsável pelo sector das Ciências da Comissão Nacional da UNESCO, com objectivo de debater formas de cooperação técnica em torno do projecto de candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera e dos principais desafios que se colocam a este território.
Na reunião foi referido como muito positivo o avanço da candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera, considerando-se que este conceito pode perfeitamente encaixar nas várias características do território e reaproveitar todo o investimento já realizado.
O conceito de Reserva da Biosfera, foi desenvolvido em 1974 pelo Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB) da UNESCO e a rede Portuguesa de Reserva da Biosfera, existindo na atualidade mais de 600 Reservas distribuídas por 120 Estados-membros, que pretendem constituir-se como uma plataforma para aprofundar o conhecimento entre os seus membros.
O Paul do Boquilobo foi a primeira Reserva da Biosfera (aprovada em 1981) classificada em Portugal, seguindo-se, em 2007, a Ilha do Corvo e a Ilha Graciosa, em 2009 a Ilha das Flores e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés (que junta o Parque Nacional da Peneda-Gerês e o Parque Natural da Baixa Limia, na Galiza), em 2011 as Berlengas (Peniche), Santana (Madeira) em 2015 a Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica (ZASNET – Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial).
Portugal conta hoje com quatro candidaturas, duas já em fase de apreciação pela UNESCO; Tejo Internacional (transfronteiriça); e São Jorge (Açores); e, outras duas, em fase de desenvolvimento, Castro Verde, no Baixo Alentejo (distrito de Beja) e Arrábida.
Nesta reunião foi também salientada a importância da elaboração de um Plano de Ação que vise conciliar a conservação e preservação da Natureza com a atividade humana envolvendo de forma ativa as populações locais, dotado dos meios e recursos adequados, assim como desenvolver sessões de informação e sensibilização, programas formativos junto da população local e escolas, visando um trabalho didático-pedagógico de informação relativo à Arrábida e ao conceito da Reserva da Biosfera, tendo como principal objetivo o envolvimento da população na construção do sucesso desta candidatura.
Uma reserva da Biosfera declarada pela UNESCO será uma mais-valia no desenvolvimento sustentável da região permitindo uma promoção do seu potencial, projetando-a nacionalmente e internacionalmente.
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